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terça-feira, 5 de julho de 2011

A "PUDICA"

Existia em Rio Branco no Acre, uma figura da chamada alta sociedade, cujo marido exercia um cargo cobiçado da esfera federal. Ela era uma figura do absurdo sempre preocupada com a virgindade das moças, e, não podia passar uma em frente a sua casa que ela dava um meio sorriso cínico e tascava, pensa que me engana ah!ah!ah!.... isto tudo para esconder o seu lado pulador de cerca.
A bem da verdade o marido era um banana ao cubo e o desespero dela gigantesco. Ela era uma aflita por homem, de preferência com uma estatura acima da média para a época . Isto para compensar a sua baixa estatura e para ser agarrada de cima para baixo ou talvez colocada no colo em pé.
A bem da verdade de onde ninguém imagina é que surgem as coisas. Nunca se  imagina uma relação entre uma moradora de um prédio e o porteiro ou o faxineiro, muito menos com um vizinho.
Ocorre que na época Rio Branco não tinha motéis e muito menos carros (muito poucos) e então o risco aumentava de forma avassaladora,  que em alguns casos pode até aumentar o desejo sim porque só restava aguardar uma saída clássica que se dava com frequência do marido para o carteado com retorno sempre demorado.
Foi então feita a combinação e o vizinho alto bonitão e do ramo que acabara de chegar do interior, e portanto a figura perfeita. Pouco conhecido na cidade e irresistível na sua cabeça aflita.
A favor a luz que apagava sempre por volta das 21 horas e o horário mais ou menos permanente da volta do marido. E num belo dia o marido começa a perder no jogo diante de tão malfadada noite no carteado resolve voltar mais cedo do que de costume.
Deu-se então de forma desesperada, a pulada de janela nu com a roupa de baixo do braço, e ela a dar explicações as mais estapafúrdias. E ele querendo escutar o que ela dizia fizeram uma combinação venderiam tudo e iriam embora para o Rio de Janeiro que à época era o destino número um dos acreanos.
E assim foi feito, só que enquanto esperavam a legalização dos bens vendidos ela fica de cabeça branca, não se sabe se deixou de pintar o cabelo ou se foi o susto do flagrante.
No Rio de Janeiro foram felizes, mudaram´se para uma capital do Nordeste e felizes viveram até a morte.
As vezes basta mudar o sofá de lugar e a vida continua.

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