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sexta-feira, 1 de julho de 2011

O superticioso

Existia em Rio Branco no Acre, precisamente no segundo distrito o bar do assem chamado brotinho, local onde
se reuniam os amigos para jogar conversa fora tomando um cafezinho, uma cerveja ou jogando gamão.
Numa tarde reuniram-se o MAJOR Barros, dono do seringal bagaço e os seus filhos homens, NONATO, APRIGIO, FLORIANO E JOÃO, a conversa girava em torno da administração do seringal, já que o pai depois da morte da mulher foi morar em Belém, e, Nonato, Aprigio e Floriano administravam o seringal enquanto João andava subindo e descendo os rios Acre e Purús com a sua lancha musical.
Os filhos conversaram durante muito tempo prestando contas das suas atividades e quiseram convencer o pai de que ele devia dividir o seringal, ocorre que o Major tinha mais quatro filhas, todos filhos da dona Cleonice mais conhecida como QUILÉ.
Os filhos continuavam conversando em torno da proposta de dividir o seringal e o Major só ouvindo e olhando, quando de repente ele vira-se e diz. Vocês são uns poetas eu vou enterrar todos vocês, quando então o João muito supersticioso disse:  A MIM VOCÊ NÃO ENTERRA, e os tempos se passaram e o Major enterrou todos os filhos homens, menos o João.
Ninguém disse nada, morreram todos. O major morreu em Belém beirando os cem anos.

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