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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O IMPOSSÍVEL

Nascido no Acre, filho de um jornalista baiano, preto e como a maioria racista e como tal casou-se com uma moça acreana e, portanto BRANCA.
Desde jovem muito inteligente, assim como os outros três irmãos, contestador e audacioso, cursando o ginasial fez algumas contestações com professores pouco preparados, e como tal autoritários.
Foi mandado para o Rio de Janeiro para estudar e em aqui chegando foi ser bancário, que era o emprego melhor para o estudante porque só trabalhava meio expediente.
Eis que de repente aparece no canal de televisão chamado TV. RIO canal 13, sendo entrevistado por dizer que tinha a descoberta do MOTOCONTINUO, quanta audácia!...Sem deixar de trabalhar no banco, para não deixar por menos, aprendeu tudo de banco.
Fez amizade com um médico seu cliente e muito rico, dono de várias casas de saúde na cidade do Rio. Ora o médico queria mais e foi  com muita mineirisse perguntar o que fazer para ganhar mais dinheiro.
Ora, nada melhor para uma inteligência tão fulgurante como perceber que ali estava passando um cavalo selado, que era só pular em cima.
Faço o seguinte compramos uma casa bancária e em pouco tempo transformou em banco, uma sugestão um tanto arriscada para um mineiro, pois não é que o mineiro topou.
E assim foi feito e dentro de algum tempo ele tão somente comprou um banco, e, depois outro todos dois pequenos. Sim porque nesta época o Delfim começou uma política de concentração de bancos na mão de uns poucos eleitos.
Ele então colocou o irmão para trabalhar com ele que era radialista com a função exclusiva de comprar dólar, preparando-se para lá na frente vender os dois bancos e usufruir com o dinheiro colocado la fora, na sua resistência foi "convidado" para dar uma palestra da ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA, no auge da ditadura cujo tema foi: DA IMPORTÂNCIA DOS PEQUENOS BANCOS PARA A SEGURANÇA NACIONAL. E não é que ele estava certo.
Hoje os países estão quebrando exatamente pela concentração der bancos a fazer besteira e a enganar a todos inclusive líderes de vários países, mas, esta é outra história.
Quem puxa aos seus não degenera a sua secretária executiva era uma mulher altíssima para a altura média da brasileira e as nórdicas como muito dificuldade serão tão brancas e louras como ela era, e, todas as suas namoradas sempre foram louras.
Lá pelas tantas o cerco começou a apertar e ele a esta altura não teve dúvidas vendeu os dois bancos, não antes sem deixar de criar uma empresa de administração.
O seu grande amigo na área bancária era o senhor todo poderoso de um dos maiores bancos brasileiros, dentre as empresas do banco tinha uma de turismo. O que fez o homem das coisas impossíveis comprou uma passagem para o exterior a prestação como se estivesse quebrado financeiramente, em chegando em Nova York, foi pagar uma conta num restaurante com uma nota de cem dólares, ora, nesta época o cartão de crédito nos Estados Unidos já era moeda corrente, mas no Brasil não, além de ele saber que deixava rastro. Em seguida foi a Moscou - destino nunca pensado por brasileiros- em lá chegando foi a Embaixada, certamente pedir alguma dica e para não perder o pedigree procurou o Embaixador que queria saber o que ele tinha ido fazer naquelas plagas, mas, deixa estar que no ginásio ele já discutia com a professora de geografia sobre a população da Rússia.
No retorno de sua viagem as prestações da viagem já haviam sido pagas e como se fosse devedor mandou protestar todas de comum acordo com o seu amigo poderoso banqueiro, e, até hoje o banco central quer saber o que foi feito do dinheiro da venda dos bancos.
Nos seus oitenta e muitos anos continua lépido e fagueiro com a sua fama de grande "ESPADA" da sua geração, a fama é de garanhão "calibrado". 
Interessante nesta família é que o grande homem de sucesso sempre foi ele, mas a inteligência fulgurante e falante sempre foi o segundo que morreu muito moço,  noutra escrita contarei a sua história, com a morte dele a família se separou toda em seguida morreu a mãe e o terceiro irmão hoje só resta o mais velho e o mais moço.
Sua última façanha foi no rastro do PITTA, que também era preto se candidatar a vereador pelo município de São Paulo, mas continua morando no Rio especificamente no Flamengo.
O grande erro não deixou descendente, será que com medo da herança da inteligência, mas aí já é outra história.

3 comentários:

  1. muito bom saber como aconteeram algumas coisas desse mundo.
    adorei a história

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  2. Carlos,

    Adorei sua história. Você contou parte do segredo, agora..... conta o nome do santo.
    Melhor ainda é saber que você voltou ao blog com suas maravilhosas histórias.

    beijos

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  3. Se contar o nome do santo a historia perde a graça,isso é so para quem sabe e conhece,boa Carlos,vai revelando ai que as pessoas do convivio sabem quem são as personagens

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